Eu produzi este vídeo para compartilhar com vocês algumas reflexões que eu fiz em dois eventos recentes que eu participe ina Universidade Estadual de Londrina. Um deles foi uma fala em uma mesa no evento Crises Contemporâneas: Diálogos Plurais, realizado em abril de 2017 pelos alunos do mestrado em História da UEL, o tema era crises políticas, e eu falei também na mesa sobre mitos nas mídias que eu mesmo coordenei no Encontro Internacional de Estudos da Imagem, o Eneimagem.
Então, para oferecer essa contribuição sobre crises políticas dentro do meu campo de pesquisa, o campo dos imaginários e das mitologias contemporâneas, e aqui no caso, mitologias políticas, eu preparei uma discussão sobre um tema bem delimitado dentro desta problemática ampla. Eu delimitei, para usar um linguajar da pesquisa acadêmica.
Eu poderia falar de tudo um pouco, mas eu preferi me concentrar na análise dos memes.
E mais particularmente, os memes políticos.
E de forma ainda mais delimitada, memes políticos carregados de mitologias. É uma produção monumental de imagens, feitas por todo tipo de gente, amadores e profissionais, esquerda, direita, centro, engajados e isentões, é uma produção descontrolada. E nessas imagens, reproduzidas e compartilhadas, em pleno século 21 - um século em crise, que se acha muito tecnológico, assim como o século 19 se achava tecnológico – mas nós vemos, através desses memes, uma infinidade de agentes políticos representados como heróis sagrados, vilões demoníacos, vampiros, zumbis, mitos modernos criados no cinema e todo um bestiário que faz da política um campo de disputas de narrativas mágicas, heroicas e, em última instância, sagradas e demoníacas.
Veja mais no vídeo https://youtu.be/UaTVafjxT1Q
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